quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Fallen: Capítulo 7 "Esclarecendo"

                                

— Você vai para onde agora? — Cam perguntou, abaixando seu óculos de plástico vermelho.
Ele apareceu do lado de fora da entrada de Augustine tão repentinamente que Luce quase trombou diretamente com ele. Ou talvez ele tenha estado ali por um tempo e ela simplesmente não tinha notado em sua pressa de chegar na aula. De qualquer jeito, seu coração começou a bater rapidamente e suas palmas começaram a suar.
— Hmm, aula? — Luce respondeu.
Por que, onde parecia que ela estava indo? Seus braços estavam cheios, com seus dois livros pesados de cálculo e sua tarefa de religião parcialmente completa. Essa seria uma boa hora para se desculpar por ir embora tão repentinamente ontem à noite. Mas ela não conseguia se forçar a fazer isso. Ela já estava tão atrasada. Não tivera água quente nos chuveiros do vestiário, então tivera que voltar para o dormitório. De algum modo, o que acontecera após a festa não parecia mais importante. Ela não queria chamar ainda mais atenção a sua saída – especialmente não agora, depois do Justin tê-la feito se sentir tão patética. Ela também não queria que Cam pensasse que ela estava sendo rude. Ela só queria evitá-lo e ficar sozinha, para que pudesse se desvencilhar da série de envergonhamentos dessa manhã.
Exceto que – quanto mais Cam olhava para ela, menos importante parecia ir embora. E menos o orgulho de Luce doía pela recusa de Justin. Como um olhar do Cam poderia fazer tudo isso?
Com sua pele clara e pálida e cabelo azeviche, Cam era diferente de qualquer cara que ela já conhecera. Ele exalava confiança, e não só porque ele conhecia todo mundo – e como conseguir tudo – antes que Luce tivesse ao menos descoberto onde suas aulas eram. Bem ali, parado do lado de fora do prédio da escola monótono e cinza, Cam parecia com uma fotografia artística em preto-e-branco, suas lentes vermelhas em tecnicolor.
— Aula, hein?
Cam bocejou dramaticamente. Ele estava bloqueando a entrada, e algo no jeito divertido que sua boca estava posicionada fez Luce querer saber que ideia louca ele tinha escondida. Havia uma sacola de tela pendurada em seu ombro, e um copo descartável de café expresso entre seus dedos.
Ele apertou stop em seu iPod, mas deixou os fones pendurados ao redor do seu pescoço. Parte dela queria saber que música ele estivera escutando, e onde ele tinha conseguido aquele café expresso do mercado negro. O sorriso brincalhão visível apenas em seus olhos verdes a desafiavam a perguntar.
Cam tomou um gole superficial do seu café. Levantando seu dedo indicador, ele disse:
— Permita-me compartilhar meu lema sobre as aulas da Sword & Cross: Antes nunca do que tarde.
Luce riu, e então Cam empurrou seus óculos de volta para o nariz. As lentes eram tão escuras, ela não conseguia ver nem um traço de seus olhos.
— Além do mais — ele sorriu, relampejando um arco branco de dente — é quase almoço, e eu tenho um piquenique.
Almoço? Luce não tinha tomado nem café-da-manhã ainda. Mas seu estômagoestava rosnando – e a ideia de ser perfurada pelo Sr. Cole por perder todas as aulas da manhã exceto pelos últimos vinte minutos parecia menos e menos atraente quanto mais eu ficava perto do Cam.
Ela assentiu para a sacola que ele estava segurando.
— Você empacotou o bastante para dois?

***

Dirigindo Luce com uma mão ampla na parte debaixo de suas costas, Cam a guiou para as áreas comuns, passou pela biblioteca e o dormitório deplorável. Nos portões de metal para o cemitério, ele parou.
— Eu sei que esse é um lugar esquisito para um piquenique — ele explicou — mas é o melhor local que conheço para ficar fora de vista por um tempinho. No campus, de qualquer maneira. Às vezes eu simplesmente não consigo respirar lá.
Ele gesticulou na direção do prédio.
Luce conseguia definitivamente concordar com isso. Ela se sentia reprimida e exposta quase o tempo todo nesse lugar. Mas Cam parecia a última pessoa que iria partilhar daquela síndrome de aluno novo. Ele era tão... controlado. Depois daquela festa ontem à noite, e agora o café expresso proibido em sua mão, ela nunca adivinharia que ele se sentia sufocado também. Ou que ele a escolheria para compartilhar essa sensação.
Por trás da cabeça dele, ela conseguia ver o resto do campus precário. Daqui, não havia muita diferença entre um lado dos portões do cemitério e o outro.
Luce decidiu ir na onda.
— Só prometa me salvar se alguma estátua cair.
— Não — Cam disse com uma seriedade que apagou efetivamente sua piada. — Isso não acontecerá novamente.
Os olhos dela caíram no local onde, apenas alguns dias antes, ela e Justin tinham chegado perto deles próprios terminarem no cemitério. Mas o anjo de mármore que tinha caído sobre eles tinha desaparecido, seu pedestal vazio.
— Vamos — Cam falou, arrastando-a junto com ele.
Eles evitaram retalhos abandonados de ervas daninhas, e Cam ficava se virando para ajudá-la a passar por montes de terra desenterrados por sabe Deus quem.
Numa hora, Luce quase perdeu seu equilíbrio e se agarrou a uma das lápides para se firmar. Era uma laje ampla e polida com um lado áspero e inacabado.
— Eu sempre gostei dessa — Cam comentou, gesticulando para a lápide rosada sob seus dedos.
Luce cruzou até a frente do terreno para ler a inscrição.
— Joseph Miley — ela leu em voz alta —1821 a 1865. Serviu bravamente na Guerra da Agressão do Norte. Sobreviveu a três balas e a cinco cavalos caídos em cima dele antes de encontrar sua paz final.
Luce estralou suas juntas. Talvez Cam só gostasse porque sua pedra rosada polida se destacava entre quase todas as cinzentas? Ou por causa dos complexos verticílios pelo topo? Ela ergueu uma sobrancelha para ele.
— É — Cam deu de ombros. — Eu simplesmente gosto de como a lápide explica o jeito que ele morreu. É honesto, sabe? Geralmente, as pessoas não querem falar sobre isso.
Luce desviou o olhar. Ela sabia isso muito bem pelo epigrafo inescrutável na lápide do Trevor.
— Pense no quanto mais interessantes esse lugar seria se a causa da morte de todo mundo fosse revelada. — Ele apontou para um pequeno túmulo a alguns lotes do de Joseph Miley. — Como você acha que ela morreu?
— Hm, escarlatina? — Luce adivinhou, vagueando.
Ela contou as datas com seus dedos. A garota enterrada aqui era mais nova do que Luce quando morrera. Luce não queria realmente pensar muito em como poderia ter acontecido.
Cam inclinou sua cabeça, considerando.
— Talvez. Ou isso ou um incêndio misterioso no celeiro enquanto a jovem Betsy estava tirando uma “soneca” inocente com o vizinho.
Luce começou a fingir estar ofendida, mas ao invés, o rosto esperançoso a fez rir. Fazia tanto tempo desde que ela tinha simplesmente se divertido com um cara. Claro, essa cena era um pouco mais mórbida do que os típicos flertes no estacionamento de um cinema ao quais ela estava acostumada, mas também eram os estudantes na Sword & Cross. De um jeito ou de outro, Luce era um deles agora.
Ela seguiu Cam para o fundo de um cemitério no formato de tigela e para tumbas e mausoléus mais ornado. Na inclinação acima, as lápides pareciam estar olhando para baixo na direção deles, como se Luce e Cam fossem artistas em um anfiteatro. O sol do meio-dia brilhava laranja através de folhas de um carvalho vivo gigante no cemitério, e Luce colocou as mãos na frente dos olhos. Era o dia mais quente que eles tinham tido na semana toda.
— Agora, esse cara — Cam disse, apontando para uma tumba enorme emoldurada por colunas de ordem coríntia. — Um desertor total. Ele sufocou quando uma viga caiu em seu porão. O que te mostra, nunca se esconda de uma captura dos Confederados.
— É mesmo? Me lembre o que te faz o especialista sobre tudo isso?
Mesmo enquanto ela provocava-o, Luce se sentia estranhamente privilegiada por estar aqui com Cam. Ele ficava olhando para ela para se certificar de que ela estava sorrindo.
— É só um sexto sentido. — Ele relampejou seu sorriso enorme e inocente. — Se gosta disso, tem um sétimo sentido, e um oitavo sentido, e um nono sentido de onde esse vem.
— Impressionante — ela sorriu. — Eu me satisfarei com o sentido do paladar agora. Estou morrendo de fome.
— Ao seu serviço.
Cam puxou uma coberta de sua sacola e a esticou em um pedaço de sombra sob o carvalho vivo. Ele abriu a garrafa térmica e Luce conseguiu sentir o cheiro de café expresso forte. Ela geralmente não bebia café preto, mas observou enquanto ele enchia um copo com gelo, serviu o café expresso, e acrescentou exatamente a quantidade certa de leite em cima.
— Eu esqueci de trazer o açúcar — ele disse.
— Eu não bebo com açúcar.
Ela tomou um gole do café gelado ultra-seco, seu primeiro gole deliciosos da cafeína proibida da Sword & Cross em toda a semana.
— Que sorte — Cam disse, espalhando o resto do piquenique.
Os olhos de Luce alargaram-se enquanto ela observava-o arrumar a comida: uma baguete marrom-escura, uma rodela pequena de queijo fedorento, um pote de azeitonas laranja amarronzado, uma tigela de ovos apimentados e duas maçãs verdes brilhantes. Não parecia possível que Cam tivesse enfiado tudo isso em sua sacola – ou se que estivera planejando comer toda essa comida sozinho.
— Onde conseguiu isso? — Luce perguntou. Fingindo se focar em despedaçar um pedaço grande de pão, ela perguntou — e com quem você estava planejando um piquenique antes de eu aparecer?
— Antes de você aparecer? — Cam riu. — Eu mal consigo me lembrar da minha triste vida antes de você.
Luce lançou-lhe um ligeiro olhar depreciativo para que ele soubesse que ela achou a observação dele incrivelmente brega... e só um pouquinhozinho charmosa. Ela se reclinou em seus cotovelos no cobertor, suas pernas cruzadas nos tornozelos. Cam estava sentado de pernas cruzadas a encarando, e quando ele se esticou na direção dela para pegar a faca do queijo, seu braço roçou, então descansou, no joelho da calça jeans preta dela. Ele olhou para ela, como se para perguntar,Tudo bem?
Quando ela não recuou, ele ficou ali, pegando o pedaço grande de baguete da mão dela e usando a perna dela como um tampo de mesa enquanto ele espalhava um triângulo de queijo no pão. Ela gostava da sensação do peso dele nela, e nesse calor, isso era dizer muito.
— Eu vou começar com a pergunta mais fácil primeiro — ele disse, finalmente se sentando. — Eu ajudo na cozinha alguns dias por semana. Parte do meu acordo de readmissão na Sword & Cross. Eu devia estar “devolvendo” — ele revirou seus olhos. — Mas não me incomodo de estar lá. Acho que gosto do calor. Isso é, se você não contar as queimaduras de gordura.
Ele mostrou seus punhos virados para cima para expor dúzias de minúsculas cicatrizes em seus antebraços.
— Perigos do trabalho — ele disse casualmente. — Mas eu gerencio a dispensa.
Luce não conseguiu resistir a correr seus dedos por elas, os inchaços pálidos infinitesimais desbotando em sua pele ainda mais pálida. Antes que ela pudesse se sentir envergonhada por sua audácia e recuar, Cam agarrou sua mão e apertou.
Luce encarou os dedos dele entrelaçados ao redor dos dela. Ela não tinha percebido antes o quanto os tons das peles deles combinavam acuradamente. Em um cenário de sulistas bronzeados, a palidez de Luce sempre a deixara autoconsciente. Mas a pele de Cam era tão impressionante, tão notável, quase metálica – e agora ela percebeu que poderia parecer a mesma coisa para ele. Os ombros dela estremeceram e ela se sentiu um pouco tonta.
— Você está com frio? — ele perguntou silenciosamente.
Quando ela encontrou com os olhos dele, sabia que ele sabia que ela não estava com frio. Ele se aproximou no cobertor e abaixou sua voz para um sussurro.
— Agora acho que você vai querer que eu admita que pulei a janela da cozinha e empacotei tudo isso na esperança de convencê-la a matar aula comigo?
Agora seria quando ela teria pescado o gelo em sua bebida, se já não tivesse derretido no calor fedorento de setembro.
— E você fez esse esquema toda de um piquenique romântico — ela terminou. — No cenário de um cemitério?
— Ei — ele correu um dedo pelo lábio inferior dela. — Você é quem está trazendo o romance à tona.
Luce recuou. Ele estava certo – fora ela quem presumira... pela segunda vez no dia. Ela conseguia sentir suas bochechas queimando enquanto tentava não pensar em Justin.
— Estou brincando — ele falou, balançando sua cabeça para o olhar chocado no rosto dela. — Como se não fosse óbvio.
Ele olhou para um urubu-de-cabeça-vermelha circulando uma grande estátua branca no formato de um canhão.
— Eu sei que aqui não é nenhum Éden — ele continuou, jogando uma maçã para Luce — mas simplesmente finja que estamos numa música dos Smith. E para meu crédito, não é como se tivesse muito com que se trabalhar nessa escola.
E isso pegando leve.
— Do meu ponto de vista — Cam disse, reclinando-se no cobertor — a localização é insignificante.
Luce lançou-lhe um olhar duvidoso. Ela também desejou que ele não tivesse recuado, mas era tímida demais para se aproximar quando ele reclinava.
— Onde eu cresci — ele pausou — as coisas não eram tão diferentes do estilo de vista penitenciário da Sword & Cross. O resultado é que eu estou oficialmente imune ao meu arredor.
— De jeito nenhum — Luce balançou sua cabeça. — Se eu te desse uma passagem de avião para a Califórnia agora mesmo, você não ficaria totalmente animado de cair fora daqui?
— Hmm... indulgentemente indiferente.
Ele enfiou um ovo apimentado em sua boca.
— Eu não acredito em você.
Luce deu-lhe um empurrão.
— Então você deve ter tido uma infânciafeliz.
Luce mordeu a pele verde mastigável da maçã e lambeu o suco escorrendo de seus dedos. Ela percorreu um catálogo mental de todas as franzidas de seus pais, as visitas a médicos e mudanças escolares de sua infância, as sombras negras pairando como uma mortalha sobre tudo. Não, ela não diria que teve uma infância feliz. Mas se Cam não conseguia nem ao menos ver uma saída da Sword & Cross, algo mais esperançoso no horizonte, então talvez a dele tenha sido pior.
Houve um farfalhar aos pés deles e Luce se encolheu quando uma grossa cobra verde e amarela deslizou. Tentando não chegar muito perto, ela ficou de joelhos e espiou-a. Não só uma cobra, mas uma cobra no meio da troca de pele. Um invólucro translúcido estava saindo de sua cauda.
Tinha cobras por toda a Geórgia, mas ela nunca tinha visto uma se trocar.
— Não grite — Cam aconselhou, descansando uma mão no joelho de Luce. O toque dele fez Luce se sentir mais a salvo. — Ela seguirá se simplesmente a deixarmos em paz.
Não podia demorar mais. Luce queria muito gritar. Ela sempre odiara e temera cobras. Elas eram simplesmente tão escorregadias e escamosas e...
— Ui.
Ela estremeceu, mas não conseguiu tirar seus olhos da cobra até que tivesse desaparecido na grama alta. Cam sorriu forçadamente enquanto pegava a pele caída e a colocava na mão dela. Ainda parecia viva, como a pele fresca de um bulbo de alho que seu pai tinha colhido de seu jardim. Mas tinha acabado de sair de uma cobra. Nojento. Ela a jogou de volta no chão e limpou suas mãos na sua calça jeans.
— Vamos, você não achou que era bonitinho?
— A minha tremedeira revelou isso?
Luce já estava se sentindo um tanto envergonhado pelo quanto ela deve ter parecido uma criança.
— E quanto a fé no poder da transformação? — Cam perguntou, dedilhando a pele caída. — É por isso que estamos aqui, afinal.
Cam tinha tirado seus óculos de sol. Seus olhos esmeralda estavam tão confiantes. Ele estava naquela pose imóvel inumana novamente, esperando que ela respondesse.
— Estou começando a achar que você é um pouquinho estranho — ela disse finalmente, dando um pequenino sorriso.
— Ah, e só pense no quanto mais há para se conhecer sobre mim — ele respondeu, inclinando-se para mais perto. Mais perto do que ele estivera quando a cobra chegou. Mais perto do que ela estivera esperando que ele chegasse. Ele esticou sua mão e correu seus dedos lentamente pelo cabelo dela. Luce ficou tensa.
Cam era lindo e intrigante. O que ela não conseguia entender era como, quando ela devia estar uma pilha de nervos – como bem agora – ela ainda, de algum modo, se sentia confortável. Ela queria estar exatamente onde estava. Ela não conseguia tirar seus olhos dos lábios dele, que eram cheios e rosados e estavam se movendo mais para perto, fazendo-a se sentir ainda mais tonta.
O ombro dele roçou o dela e ela sentiu um estranho tremor no fundo de seu peito. Ela observou enquanto Cam separou seus lábios. Então ela fechou seus olhos.
— Aí estão vocês! — Uma voz sem fôlego tirou Luce diretamente do momento.
Luce soltou um suspiro exasperado e desviou sua atenção para Gabbe, que estava parada diante deles com um rabo-de-cavalo alto e lateral, e um sorriso distraído em seu rosto.
— Eu procurei por todo o lugar.
— Por que diabos você faria isso? — Cam olhou feio para ela, ganhando mais alguns pontos com Luce.
— O cemitério foi o último lugar em que pensei — Gabbe tagarelou, contando em seus dedos. — Eu chequei seus dormitórios, então debaixo das arquibancadas, então...
— O que você quer, Gabbe? — Cam a cortou, como um irmão, como se se conhecessem por muito tempo.
Gabbe pestanejou, então mordeu seu lábio.
— Foi a Senhorita Sophia — ela disse finalmente, estalando seus dedos. — É mesmo. Ela ficou frenética quando Luce não apareceu na aula. Ficou falando como você era uma estudante tão promissora e tudo.
Luce não conseguia decifrar essa garota. Ela era genuína e estava simplesmente seguindo ordens? Ela estava zombando da Luce por ter feita uma boa impressão com uma professora? Não era o bastante para ela ter Justin na palma da mão – ela tinha que dar em cima do Cam agora, também?
Gabbe deve ter pressentido que estava interrompendo algo, mas ela simplesmente ficou parada lá pestanejando seus grandes olhos de corça e torcendo uma mecha de cabelo loiro ao redor de seu dedo.
— Bem, vamos — ela falou finalmente, esticando as duas mãos para ajudar Luce e Cam a se levantarem. — Vamos te levar de volta para a aula.

***

— Lucinda, você pode ficar na estação três — a Senhorita Sophia disse, olhando para baixo para uma folha de papel quando Luce, Cam e Gabbe entraram na biblioteca.
Nada de Onde você esteve? Nada de desconto de pontos pelo atraso. Só a Senhorita Sophia, distraidamente colocando Luce perto de Penn na seção do laboratório de computação da biblioteca. Como se ela nem ao menos tivesse notado que Luce não estava lá.
Luce lançou um olhar acusatório para Gabbe, mas ela simplesmente deu de ombros para Luce e balbuciou:
— O quê?
— Ondevocêesteve? — Penn exigiu assim que ela sentou.
A única pessoa que pareceu ter notado que ela não estivera lá.
Os olhos de Luce acharam Justin, que estava praticamente enterrado em seu computador na estação sete. De seu assento, tudo que Luce conseguia ver dele era a auréola dourado do cabelo dele, mas era o bastante para trazer um rubor à suas bochechas.
Ela afundou ainda mais em sua cadeira, envergonhada novamente pela conversa dos dois no ginásio. Mesmo depois de todas as risadas e sorrisos e aquele potencial quase beijo que ela tinha acabado de partilhar com Cam, ela não conseguia calar o que sentiu quando viu Justin. E eles nunca iam ficar juntos.
Essa era a essência do que ele tinha dito a ela no ginásio. Depois de ela basicamente ter se jogado em cima dele.
A rejeição a cortou tão profundamente, tão perto do seu coração, que ela teve certeza de que todos ao redor dela podiam olhar para ela e saber exatamente o que tinha acontecido.
Penn estava batendo seu lápis impacientemente na mesa de Luce. Mas Luce não sabia como explicar. Seu piquenique com Cam tinha sido interrompido por Gabbe antes que Luce tivesse ao menos sido capaz de realmente achar um sentido no que estava acontecendo. Ou prestes a acontecer. Mas o que era estranho, e o que ela não conseguia entender, era por que tudo isso parecia tão menos importante do que o que tinha acontecido no ginásio com Justin.
A Senhorita Sophia ficou de pé no meio do laboratório de computação, estalando seus dedos no ar como uma professora de jardim para conseguir a atenção de seus estudantes. Suas pilhas de braceletes prata batiam como sinos.
— Se algum de vocês já tiver traçado a sua própria árvore genealógica — ela falou alto sobre o barulho da multidão — então você saberá que tipos de tesouro estão escondidos nas raízes.
— Ah, meu, por favor mate essa metáfora — Penn sussurrou. — Ou me mate. Um ou outro.
— Vocês terão um acesso de vinte minutos a Internet para começar a pesquisar sobre a sua própria árvore genealógica — a Senhorita Sophia disse, batendo num cronômetro. — Uma geração dá aproximadamente vinte a vinte cinco anos, então tenham como objetivo voltar pelo menos seis gerações.
Gemido.
Um suspiro audível irrompeu na estação sete – Justin.
A Senhorita Sophia virou-se para ele.
— Justin? Você tem algum problema com essa tarefa?
Ele suspirou novamente e deu de ombros.
— Não, não mesmo. Tudo bem. Minha árvore genealógica. Deve ser interessante.
A Senhorita Sophia inclinou sua cabeça em escárnio.
— Eu tomarei essa informação como uma confirmação entusiasmada.
Dirigindo-se para a sala novamente, ela disse:
— Tenho certeza de que acharão uma linha que valerá a pena perseguir numa pesquisa de dez a quinze páginas.
Luce não poderia possivelmente se focar nisso agora. Não quando tinha tanto mais para se processar. Ela e Cam no cemitério. Talvez não tenha sido a definição padrão de romântico, mas Luce quase preferia desse jeito. Era como nada que ela já tinha feito antes. Matar aula para perambular por todos aqueles túmulos. Partilhar aquele piquenique, enquanto ele enchia um copo de café. Zombando do medo dela de cobras. Bem, ela podia ter passado sem todo aquele desenvolvimento da cobra, mas pelo menos Cam fora doce em relação a isso. Mais doce do que Justin foi a semana toda.
Ela odiava admitir isso, mas era verdade. Justin não estava interessado. Cam, por outro lado... Ela o estudou, a algumas estações a distância. Ele piscou para ela antes que começasse a trabalhar no seu teclado. Então, ele gostava dela. Callie não iria ser capaz de calar a boca sobre como ele estava tão obviamente a fim dela.
Ela queria ligar para Callie agora, sair correndo dessa biblioteca e deixar sua tarefa sobre a árvore genealógica para mais tarde. Falar sobre outro cara era o jeito mais rápido – talvez o único – de tirar Justin da sua cabeça. Mas havia aquela política telefônica horrível na Sword & Cross, e todos os outros estudantes ao redor dela, que pareciam tão diligentes.
Os minúsculos olhos da Senhorita Sophia procuravam na sala por procrastinadores. Luce suspirou, vencida, e abriu o mecanismo de pesquisa no seu computador. Ela estava presa aqui por mais vinte minutos – sem nenhuma celular cerebral dedicada a sua tarefa. A última coisa que ela queria era aprender sobre sua própria família tediosa. Ao invés, seus dedos apáticos começaram a digitar treze letras inteiramente por conta própria.
Justin Bieber. Buscar.

Continua...

Oi povo bonito, então, se tiver alguma coisa errada aí, ignora, porque eu estou postando pelo celular. Minha internet ainda esta ruim, então eu vou ter que postar por aqui mesmo, JusKiss.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Fallen: Capítulo 6 "Sem salvação"

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Na manhã clara e cedo de quinta, um alto-falante estalou no corredor do lado de fora do quarto de Luce:
— Atenção, Sword & Crossanos!
Luce rolou com um gemido, mas por mais arduamente que ela comprimisse o travesseiro ao redor de suas orelhas, pouco adiantava para bloquear o rosnado de Randy no sistema de alto-falante.
— Vocês têm exatos nove minutos para aparecer no ginásio para o seu exame físico anual. Como sabem, nós não temos paciência com vagabundos, então estejam prontos e preparados para uma avaliação corporal.
Exame físico? Avaliação corporal? Às seis e meia da manhã? Luce já se arrependia de ter ficado até tão tarde ontem a noite... e ter ficado acordada até bem mais tarde deitada na cama, se estressando.
Bem por volta da hora que ela começou a imaginar Justin e Gabbe se beijando, Luce começou a se sentir enjoada – aquele tipo específico de enjoo que vinha de saber que ela fizera papel de boba. Não tinha como voltar para a festa. Só tinha como sair espreitando da parede e escapar para seu dormitório para duvidar daquela sensação estranha que ela tinha perto de Justin, aquela que ela tolamente tomara como algum tipo de conexão. Ela tinha acordado com um gosto ruim das consequências da festa ainda em sua boca. A última coisa que queria pensar agora era sobre capacidade física.
Ela girou seus pés para fora da cama e colocou-os no frio chão de vinil. Escovando seus dentes, ela tentou imaginar o que a Sword & Cross poderia querer dizer por “avaliação corporal.” Imagens intimidantes de suas colegas – Molly fazendo dúzias de levantamentos com cara de má, Gabbe escalando facilmente uma corda de nove metros em direção ao céu – encheram sua mente. Sua única chance de não fazer papel de boba – de novo – era tentar tirar Justin e Gabbe de sua mente.
Ela cruzou a parte sul do campus até o ginásio. Era uma ampla estrutura gótica com arcobotantes e torres pequenas em pedra não-esculpida que faziam-na parecer mais com uma Igreja do que um lugar onde se iria para fazer exercícios físicos. Enquanto Luce se aproximava do prédio, a camada de kudzu cobrindo sua fachada farfalhava na brisa matinal.
— Penn — Luce chamou, vislumbrando sua amiga vestindo uma roupa esportiva amarrando seu tênis no banco.
Luce olhou para baixo para sua roupa preta e botas pretas regulamentadas e de repente entrou em pânico por ter perdido algum memorando sobre o código de vestimenta. Mas então, alguns dos outros estudantes estavam vagabundeando fora do prédio e nenhum deles parecia muito diferente dela.
Os olhos de Penn estava grogues.
— Tão cansada — ela gemeu. — Eu cantei demais ontem a noite. Achei que poderia compensar ao tentar pelo menos parecer atlética.
Luce riu enquanto Penn lutava com o nó duplo em seu sapato.
— O que aconteceu com você ontem a noite, de qualquer jeito? — Penn perguntou. — Você não voltou pra festa.
— Ah — Luce disse, enrolando. — Eu decidi...
— Gaaahh — Penn cobriu seus ouvidos. — Cada som é como uma perfuratriz no meu cérebro. Me conta mais tarde?
— É claro.
As portas duplas para o ginásio estavam abertas. Randy saiu com pesados crocs, segurando sua constante prancheta. Ela acenou para que os estudantes seguissem em frente, e um por um eles foram designados a sua estação física.
— Todd Hammond — Randy chamou a medida em que o garoto de joelhos bambos se aproximava.
Os ombros do Todd desabaram para frente como parêntesis, e Luce conseguia ver resquícios de um severo bronzeado nas braços e nuca.
— Musculação — Randy comandou, atirando Todd para dentro.
— Pennyweather Van Syckle-Lockwood — ela gritou a seguir, fazendo com que Penn se agachasse e pressionasse suas palmas contra seus ouvidos novamente. — Piscina — Randy instruiu, esticando a mão para a caixa de papelão atrás dela e jogando para Penn um maiô único vermelho com corte nadador.
— Lucinda Price — Randy continuou, após consultar sua lista.
Luce deu um passo para frente e ficou aliviada quando Randy disse:
— Piscina também.
Luce se esticou para pegar o maiô único no ar. Estava esticado e fino como um pedaço de pergaminho entre seus dedos. Pelo menos cheirava a limpo. Mais ou menos.
— Gabrielle Givens — Randy disse a seguir.
Luce se virou para ver a sua nova pessoa menos favorita resvalar em shorts pretos curtos e uma fina regata preta. Ela estava nessa escola há três dias... como é que ela já tinha o Justin?
— Oiii, Randy — Gabbe disse, arrastando as palavras com um som fanhoso que fez Luce querer dar uma de Penn e cobrir seus próprios ouvidos.
Tudo menos a piscina, Luce desejou. Tudo menos a piscina.
— Piscina.
Andando para perto de Penn na direção do vestiário das garotas, Luce tentou evitar olhar para trás para Gabbe, que girou, em seu dedo indicador com unha francesinha, o que parecia ser o único maiô fashion na pilha. Ao invés, Luce focou nas paredes de pedra cinza e na velha parafernália religiosa cobrindo-as.
Ela passou por cruzes entalhadas floreadamente em madeira com descrições em seu baixo-relevo da Paixão. Uma série de trípticos desbotados estavam pendurados à vista, com somente as órbitas das auréolas das imagens ainda iluminadas. Luce se inclinou para frente para ter uma visão melhor do grande pergaminho escrito em latim, envolto em vidro.
— Decoração pra cima, não é? — Penn perguntou, engolindo um par de aspirinas com um gole d’água de sua bolsa.
— O que são essas coisas todas? — Luce perguntou.
— História antiga. As únicas relíquias sobreviventes de quando esse lugar era ainda o local de Missas, lá nos dias da Guerra da Secessão.
— Isso explica porque parece tanto com uma igreja — Luce comentou, parando na frente de uma reprodução de mármore da Pietà de Michelangelo.
— Como todo o resto nessa possilga, eles fizeram um trabalho porco total em atualizá-lo. Quero dizer, quem constrói uma piscina no meio de uma igreja velha?
— Você está brincando.
— Bem que eu queria — Penn girou seus olhos. — Todo verão, o diretor fixa na cabecinha a ideia de me colocar para redecorar esse lugar. Ele não admite, mas todo o negócio de Deus aqui realmente o apavora. O problema é que, mesmo que eu sentisse vontade de dar uma ajuda, eu não faço ideia do que fazer com todo esse lixo, ou mesmo como limpar isso sem ofender, tipo, meio mundo e Deus.
Luce lembrou-se nas paredes brancas imaculadas dentro do ginásio de Dover, fileira após fileira de fotos tiradas profissionalmente de campeonatos estudantis, cada uma combinando com o mesmo cartão azul-marinho, cada uma exibida em uma moldura dourada combinando. O único corredor mais santificado na Dover era sua entrada, que era onde todos os ex-alunos-que-viraram-senadores-estaduais e vencedores da sociedade Guggenheim e bilionários comuns apresentavam seus retratos.
— Você poderia pendurar todas as fotos de polícia atuais dos ex-alunos — Gabbe ofereceu de trás delas.
Luce começou a rir – era engraçado... e estranho, quase como se Gabbe tivesse acabado de ler sua mente - mas então ela se lembrou da voz da garota na noite anterior, dizendo a Justin que ela era a única que ele tinha. Luce rapidamente engoliu qualquer noção de uma conexão com ela.
— Vocês estão se dispersando!
Gritou uma desconhecida treinadora de ginásio, aparecendo do nada. Ela – pelo menos Luce achava que era ela – tinha uma bucha de cabelo castanho frisado puxado para trás em um rabo-de-cavalo, panturrilhas como um pernil de porco, e aparelho dental "invisível” amarelado cobrindo seus dentes de cima. Ela empurrou as garotas nervosamente para um vestiário, onde a cada uma foi dado um cadeado com uma chave e direções para um armário vazio com um empurrão.
— Ninguém se dispersa na vigia da Treinadora Diante.
Luce e Penn lutaram para entrar em seus maiôs desbotados e frouxos. Luce estremeceu ao ver seu reflexo no espelho, então cobriu o máximo de si mesma que conseguiu com sua toalha. Dentro do espaço de natação úmido, ela imediatamente entendeu sobre o que Penn estava falando. A própria piscina era gigante, tamanho olímpico, um das poucas características atuais que ela tinha encontrado até então nesse campus. Mas não era isso que a tornava notável, Luce percebeu espantosamente. Essa piscina tinha sido construída bem no meio do que costumava ser uma igreja enorme.
Havia uma fileira de lindas janelas com vitrais, com apenas alguns painéis quebrados, atravessando as paredes perto do teto alto e arqueado. Havia nichos de pedra acesos por luz de vela pela parede. Um trampolim tinha sido instalado onde o altar provavelmente costumava estar. Se Luce não tivesse sido criada agnóstica e ao invés, como uma fiel temente a Deus, como o resto de seus amigos no ensino fundamental, ela poderia ter pensado que esse lugar essa sacrílego.
Alguns dos outros estudantes já estavam na água, arfando por ar enquanto completavam suas voltas. Mas eram os estudantes que não estavam na água que capturaram a atenção de Luce.
Molly, Roland e Ariane estavam espalhados nas arquibancadas pela parede. Eles estavam rindo de algo. Roland estava praticamente dobrado, e Ariane estava enxugando lágrimas. Eles estavam com maiôs e sungas muito mais atraentes do que Luce, mas nenhum deles parecia que tinha alguma intenção em fazer um movimento na direção da piscina.
Luce cutucou seu maiô único caído. Ela queria ir se juntar a Ariane – mas bem quando ela estava pesando os prós (a possível entrada num mundo de elite) e contras (a Treinadora Diante repreendendo-a como uma embargadora consciente a exercícios), Gabbe vagueou até o grupo.
Como se ela já fosse a melhor amiga de todos eles. Ela tomou um assento ao lado de Ariane e imediatamente começou a rir também, como se, qualquer que fosse a piada, ela já tinha entendido.
— Eles sempre têm bilhetes para ficarem sentados — Penn explicou, olhando feio para a galera popular nas arquibancadas. — Não me pergunte como eles se safam disso.
Luce circundou e hesitou no lado da piscina, incapaz de captar as instruções da Treinadora Diante. Ver Gabbe e os outros agrupados nas arquibancadas, estilo garotos descolados, fez Luce desejar que Cam estivesse lá. Ela conseguia imaginá-lo parecendo sarado em uma reluzente sunga preta, acenando para que ela viesse para o grupo com seu grande sorriso, fazendo-a se sentir imediatamente bem-vinda, até mesmo importante.
Luce sentiu uma necessidade persistente de se desculpar por se evadir da festa dele mais cedo. O que era estranho – eles não estavam juntos, então não era como se Luce fosse obrigada a explicar suas idas e vindas para Cam. Mas ao mesmo tempo, ela gostava quando ele prestava atenção nela. Ela gostava do jeito que ele tinha um cheiro de ar livre, como dirigir com as janelas abaixadas de noite. Gostava do jeito que ele sintonizava completamente quando ela falava, imóvel como se não conseguisse ver ou ouvir mais ninguém além dela. Ela até mesmo gostara de ser levantada do chão na festa, em plena vista do Justin. Ela não queria fazer nada para que Cam reconsiderasse o jeito que ele tratava ela.
Quando o apito da treinadora soou, uma Luce muito assustada levantou-se, então olhou para baixo com arrependimento enquanto Penn e todos os outros estudantes perto dela pularam para frente, na piscina.
Ela olhou para a Treinadora Diante por instruções.
— Você deve ser Lucinda Price – sempre atrasada e nunca escuta? — A Treinadora suspirou.
— A Randy me contou sobre você. São oito voltas, escolha seu melhor estilo de natação.
Luce assentiu e ficou de pé com seus dedos dos pés curvados perto da beirada. Ela costumava amar nadar. Quando seu pai a ensinou na piscina comunitária de Thunderbolt, ela até mesmo ganhara um prêmio como a criança mais nova a já desbravar as profundezas sem boias. Mas isso foi há anos. Luce não conseguia nem se lembrar da última vez que tinha nadado. A piscina exterior aquecida da Dover sempre brilhara, tentando-a – mas era fechada para qualquer um que não estivesse no time de natação.
A Treinadora Diante limpou sua garganta.
— Talvez você não tenha entendido que isso é uma corrida... e você já está perdendo.
Essa era a “corrida” mais patética e ridícula que Luce já tinha visto, mas isso não impediu seu lado competitivo de aparecer.
— E... você ainda está perdendo — a Treinadora disse, mastigando seu apito.
— Não por muito tempo — Luce disse.
Ela checou a competição. O cara a sua esquerda estava cuspindo água de sua boca e fazendo um nado livre desajeitado. A sua direita, uma Penn com tampão nasal estava vagarosamente surfando junto, seu estômago descansando em uma pranchinha de espuma rosa. Por uma fração de segundos, Luce olhou para a multidão nas arquibancadas. Molly e Roland estavam assistindo; Ariane e Gabbe estavam desmoronadas uma em cima da outra em um ataque irritante de risadinhas.
Mas ela não ligava do que elas estavam rindo. Mais ou menos. Ela tinha ido.
Com seus braços curvados sobre sua cabeça, Luce mergulhou, sentindo suas costas arquearem enquanto ela deslizava na água ondulada. Poucas pessoas podiam fazer isso muito bem, seu pai uma vez explicou para uma Luce de oito anos na piscina. Mas uma vez que você aperfeiçoou o nado borboleta, não havia jeito de se mover mais rápido na água.
Deixando seu aborrecimento a propelir para frente, Luce levantou a parte superior de seu corpo para fora da água. O movimento voltou imediatamente para ela e ela começou a bater seus braços como asas. Ela nadou mais arduamente do que tinha nadado em muito, muito tempo. Se sentindo justificada, passou pelos outros nadadores uma vez, depois outra.
Ela estava chegando ao fim de sua oitava volta quando sua cabeça apareceu para fora da água por tempo o bastante para ouvir a voz vagarosa de Gabbe dizer, “Justin”.
Como uma vela apagada, o ímpeto de Luce desapareceu. Ela colocou seus pés para baixo e esperou para ver o que mais Gabbe tinha a dizer. Infelizmente, ela não conseguiu ouvir mais nada além de um chapinhar ruidoso e, um momento depois, o apito.
— E o vencedor é — a Treinadora Diante disse com uma expressão assombrada — Joel Bland.
O garoto magrelo de aparelho da raia ao lado pulou para fora da piscina e começar a fazer barulho para celebrar sua vitória.
Na raia do lado, Penn parou abruptamente.
— O que aconteceu? — ela perguntou a Luce. — Você estava arrasando total com ele.
Luce deu de ombros. Gabbe era o que tinha acontecido, mas quando ela olhou para a arquibancada, Gabbe tinha ido, e Ariane e Molly tinham ido com ela. Somente Roland permanecia onde o grupo estivera, e ele estava imerso em um livro.
A adrenalina de Luce tinha crescido enquanto ela nadava, mas agora ela tinha caído tanto que Penn teve que ajuda-la a sair da piscina.
Luce observou Roland pular das arquibancadas.
— Você estava muito bem lá — ele disse, jogando-lhe uma toalha e a chave do armário do vestiário que ela tinha perdido. — Por um tempinho.
Luce pegou a chave no ar e amarrou a toalha ao seu redor. Mas antes que ela pudesse dizer algo normal, como “Obrigada pela toalha”, ou “Acho que estou simplesmente fora de forma”, esse novo e estranho lado “cabeça-quente” dela, ao invés, simplesmente falou:
— O Justin e a Gabbe estão juntos ou o quê?
Grande erro. Enorme. Ela conseguia dizer pelo olhar nos olhos deles que a pergunta dela estava direcionada bem para o Justin.
— Ah, entendi — Roland disse, e riu. — Bem, eu não sei dizer ao certo...
Ele olhou para baixo, para ela e coçou seu nariz e deu-lhe o que pareceu ser um sorriso solidário. Então ele apontou na direção da porta do corredor aberto, e quando Luce seguiu seu dedo ela viu a silhueta composta e dourada de Justin passar.
— Por que você simplesmente não pergunta a ele?
O cabelo da Luce ainda estava pingando e seus pés ainda estavam descalços quando ela se encontrou pairando na porta de uma enorme sala de musculação. Ela tinha intencionado ir diretamente para o vestiário se trocar e secar.
Ela não sabia por que esse negócio com a Gabbe estava balançando tanto com ela. Justin podia ficar com quem ele quisesse, certo? Talvez Gabbe gostasse de garotos que mostrassem-lhe o dedo do meio. Ou, mais provável, esse tipo de coisa não acontecia com a Gabbe.
Mas o corpo de Luce venceu sua mente quando ele captou outro vislumbre de Justin. As costas dele estavam voltadas para ela e ele estava de pé em um canto pegando uma corda de pular de uma pilha de emaranhados. Ela observou enquanto ele selecionava uma fina corda azul-marinha com cabos de madeira, então se moveu para um espaço aberto no centro da sala. Sua pele branquinha estava quase radiante, e cada movimento que ele fazia, fosse girando seu longo pescoço para esticar ou se curvando para coçar seu joelho esculpido, fazia Luce ficar completamente extasiada. Ela ficou pressionada contra a porta, alheia de que seus dentes estavam tremendo e sua toalha estava ensopada.
Quando ele levou a corda para trás de seus tornozelos logo antes de começar a pular, Luce foi golpeada com uma onda de déjà vu. Não era exatamente que ela sentia que tinha visto Justin pular corda antes, mas mais que a postura que ele tomava parecia inteiramente familiar.
Ele ficou de pé com seus pés a uma distância de quadril, destravou seus joelhos, pressionou seus ombros para baixo enquanto enchia seu peito de ar. Luce quase podia ter desenhado isso. Foi só quando Justin começou a girar a corda que Luce saiu do transe... e entrou logo em outro.
Nunca em sua vida ela tinha visto outra pessoa se mover como ele. Era quase como se Justin estivesse voando. A corda passou por cima e sobre sua alta estrutura tão rapidamente que desaparecia, e seus pés – seus graciosos e estreitos pés – eles ao menos estavam tocando o chão? Ele estava se movendo tão rapidamente, mesmo ele não devia estar contando.
Um alto resmungo e uma pancada no outro lado da sala de musculação tirou a atenção de Luce. Todd estava em um amontoado na base de um dos nós das cordas de escalada. Ela sentiu, momentaneamente, pena de Todd, que estava olhando para baixo para suas mãos com bolhas.
Antes que ela pudesse olhar de volta para Justin para ver se ele tinha notado, uma fria precipitação negra ao redor de sua pele fez Luce tremer. A sombra varreu-a, primeiramente devagar, gelada, tenebrosa, seus limites ocultos. Então, repentinamente bruta, ela golpeou seu corpo e a forçou para trás. A porta para a sala de musculação bateu em sua cara e Luce ficou sozinha no corredor.
— Ai! — ela gritou, não exatamente por estar machucada, mas porque ela nunca fora tocada pelas sombras antes.
Ela olhou para baixo para seus braços, onde quase parecera que mãos tinham agarrado-a, empurrando-a para fora do ginásio.
Isso era impossível – ela simplesmente tinha estado em um lugar bizarro; um vento muito forte deve ter passado pelo ginásio. Desconfortável, ela se aproximou da porta fechada e pressionou seu rosto contra o pequeno retângulo de vidro.
Justin estava olhando em volta, como se tivesse ouvindo algo. Ela tinha certeza que ele não sabia que era ela: Ele não estava fazendo cara feia.
Ela pensou na sugestão de Roland de que ela simplesmente perguntasse a Justin o que estava acontecendo, mas rapidamente dispensou a ideia. Era impossível perguntar qualquer coisa ao Justin. Ela não queria trazer a tona aquela carranca no rosto dele. Além do mais, qualquer pergunta que ela talvez pudesse apresentar seria inútil. Ela já tinha escutado tudo que precisava escutar ontem a noite. Ela teria que ser algum tipo de sádica para pedir que ele admitisse que estava com a Gabbe. Ela se virou na direção do vestiário quando percebeu que não poderia partir.
Sua chave.
Deve ter escorregado de suas mãos quando ela tropeçou para fora da sala. Ela ficou na ponta dos pés para olhar para baixo pelo pequeno painel de vidro na porta. Ali estava, uma mancada bronze num tapete azul acolchoado. Como tinha ido parar tão longe na sala, tão perto de onde ele estava malhando? Luce suspirou e empurrou a porta para abrir, pensando que se tivesse que entrar, pelo menos ela iria rápido.
Alcançando sua chave, ela roubou uma última olhada nele. Seu passo estava ficando devagar, devagar, mas seus pés ainda mal tocavam o chão. E então, com um salto, leve-como-o-ar, final, ele parou e virou para encará-la.
Por um momento ele não disse nada. Ela conseguia sentir-se ruborizar e realmente desejou que não estivesse usando um maiô tão horroroso.
— Oi — foi tudo que ela conseguiu dizer.
— Oi — ele disse de volta, em um tom de voz muito mais calmo. Então, gesticulando para o maiô dela, disse: — Você ganhou?
Luce deu um riso triste e reticente e balançou sua cabeça.
— Bem longe disso.
Justin franziu seus lábios.
— Mas você sempre foi...
— Eu sempre fui o quê?
— Eu quero dizer, você parece que talvez seja uma boa nadadora. — Ele deu de ombros. — Só isso.
Ela deu um passo na direção dele. Eles estavam a apenas trinta centímetros de distância. Gotas d’água caíram do cabelo dela e tamborilaram como chuva nos tapetes do ginásio.
— Não era isso o que você ia dizer — ela insistiu. — Você disse que eu sempre...
Justin se ocupou enrolando a corda de pular ao redor de seu pulso.
— É, eu não quis dizer você você. Eu quis dizer no geral. Eles sempre devem deixar você vencer a sua primeira corrida aqui. Um código de conduta não-falado nosso, os mais velhos.
— Mas a Gabbe também não ganhou — Luce disse, cruzando seus braços sobre seu peito. — E ela é nova. Ela nem ao menos entrou na piscina.
— Ela não é exatamente nova, só está voltando após um tempo... fora.
Justin deu de ombros, não transparecendo nada de seus sentimentos por Gabbe. Sua tentativa óbvia de tentar parecer despreocupado fez Luce ficar com ainda mais ciúmes. Ela observou ele terminar de enrolar a corda de pular em uma bobina, o jeito que suas mãos moviam-se quase tão rapidamente quanto seus pés. E aqui estava ela, tão desajeitada e solitária e gelada e isolada de tudo por todos. Seu lábio tremeu.
— Oh, Luce — ele sussurrou, suspirando pesadamente.
Seu corpo todo aqueceu por aquele som. A voz dele era tão íntima e familiar. Ela queria que ele dissesse seu nome novamente, mas ele tinha se virado. Ele prendeu a corda de pular em um prego na parede.
— Eu deveria ir me trocar antes da aula.
Ela descansou uma mão no braço dele.
— Espera.
Ele empurrou com violência como se tivesse levado um choque – e Luce sentiu isso, também, mas era o tipo de choque que é bom.
— Você já teve a sensação... — ela levantou seus olhos para ele.
De perto, ela conseguia ver como eles eram diferentes. Eles pareciam castanho claro de longe, mas de perto havia grãos cor de mel neles. Ela conhecia outra pessoa com olhos como aqueles...
— Eu podia jurar que nos conhecemos antes — ela disse. — Estou louca?
— Louca? Não é por isso que está aqui? — Ele disse, afastando-a.
— Estou falando sério.
— Eu também — o rosto de Justin ficou vazio. — E só para constar – ele apontou para um dispositivo piscando pregado ao teto – os vermelhos monitoram os perseguidores.
— Eu não estou te perseguindo.
Ela endureceu, muito ciente da distância entre seus corpos.
— Você pode dizer honestamente que não faz ideia do que eu estou falando?
Justin deu de ombros.
— Eu não acredito em você — Luce insistiu. — Olhe-me nos olhos e diga-me que estou errada. Que nunca na minha vida eu te vi antes dessa semana.
Seu coração disparou enquanto Justin dava um passo na direção dela, colocando ambas as mãos em seus ombros. Seus dedões cabiam perfeitamente nas ranhuras de sua clavícula, e ela queria fechar seus olhos ao calor do toque dele – mas ela não fechou. Ela observou enquanto Justin curvava sua cabeça para que seu nariz quase tocasse o dela. Ela conseguia sentir seu hálito em seu rosto. Ela conseguia sentir um toque de doçura na pele dele.
Ele fez como pedido. Ele olhou-a no olho e disse, muito vagarosamente, muito claramente, para que suas palavras não pudessem possivelmente ser mal-interpretadas:
Você nunca, na sua vida, me viu antes dessa semana.

Continua...

My Little Princess Nerd ♥♥ Capitulo 03 ♥♥

My Little Princess Nerd


Miami, Flórida                                                                 22:00  p.m (SEGUNDA)

Eliza Gollen narrando :

Eu tinha acabado que jantar, estava subindo pro meu quarto, para tomar um banho. Entrei no meu quarto, indo direto pro closet, peguei um pijama e entrei no banheiro. Tomei meu banho e coloquei o pijama:


Sai do banheiro e foi até meu cantinho do desenho, pois é, meu hobby é desenhar, eu coloco tudo o que eu penso nos meus desenhos, mas as vezes, eu desenho umas coisas sem noção, eu só pego o lápis é desenho, depois eu vejo o que saiu, é simples assim,  eu amo desenhar mesmo. Me sentei na cadeira e peguei meu caderno de desenhos, comecei a desenhar, fiquei desenhando até o sono vim ...

[...]

Eu tinha feito alguns desenhos ( #1, #2, #3, #4 ), olhei no relógio e marcava 01h da manha, droga eu estou ferrada pra acordar amanha, fechei o caderno de desenhos e pulei na cama. Me enrolhei no coberto e respirei fundo, fiquei pensando em tudo o que aconteceu hoje, conhece a Suzy, levei um sucada na cabeça e ganhei amigos novos, hoje o dia foi meio diferente ...

[...]

Acordei dando um pulo com o despertador, eu quase cai no chão, mas por sorte, eu cai sentada na cama, esfreguei os olhos com as mãos e me levantei. Entrei no closet, peguei uma roupa, foi até o banheiro, tomei um banho e troquei de roupa :


Peguei minha mochila e coloquei meus óculos, abrir a porta do meu quarto e desci as escadas, entrei na cozinha e a Rosa já esta sentada na mesa tomando seu café ...

Eu: Bom dia_  falei me sentando na mesa.

Rosa: Bom dia querida_  falo ela sorrindo e depois bebeu seu café _ hoje eu vou no mercado, ontem eu pedi pro Tommy ir, mas ele esqueceu de comprar umas coisas, você vai querer alguma coisa de lá ?

Eu: Não tudo bem, não quero nada não_ falei sorrindo e comendo um pedaço de torrada.

Rosa: Ok então _ falo ela sorrindo.

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Terminei meu café da manha, pequei a mochila que eu tinha deixado do lado na mesa, onde eu sempre deixo e sai de casa, como sempre falei com o Tommy e fomos em direção da escola ...

[...]

Chegamos em frente a escola, me despedi do Tommy e desci do carro, foi em direção da entrada, mas tinha alguma coisa diferente, as pessoas não estavam me olhando como antes, elas estavam me olhando e sorrindo pra mim, como assim ? Eu hein, esses povos da minha escola são malucos. Não correspondi nem um sorriso e entrei na escola, foi em direção ao meu armário, no caminho, vi a Mandy com suas amigas, a Mandy tava super irritada, ela tava até vermelha, depois ela olho pra mim com uma cara de raiva e sai batendo o pé com suas "seguidoras", nossa. Abrir meu armário, colocando minha mochila lá dentro, peguei minha coisas ...

XxX: Oi _falo uma voz rouca, que me fez arrepiar.

Olhei pro meu lado, é tive uma surpresa, era o Justin Bieber que estava falando comigo, nossa ele tem um cheiro maravilhosa, ah ele também esta lindo hoje e ... calma ai... o que eu to falando ?

Eu: Oi Justin_ falei sem olhar pra ele, terminando de pegar minha coisas.      
Justin: Er... então você chego agora ?_ pergunto ele coçando a cabeça, parecia ... nervoso.

Eu: Bom eu ..._ foi interrompida pro uma voz irritante.

Mandy: JUSTIN O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO COM ESSA NERD ?_pergunto ela... não... grito ela puxando o Justin pelo braço.

Eu: Bom Justin eu vou indo_falei fechando meu armário, mas quando eu foi sair, o Justin pego no meu braço e me olho nos olhos.

Justin: Não vai_falo ele de um jeitinho meigo e fofo.

Mandy: O QUE ?_pergunto ela me olhando de cima a baixo_ VAI PREFERIR ELA DO QUE EU?

Justin: Mandy .... CALA A BOCA_falo ele me colocando a trás dele e encarando a Mandy, as pessoas já se aproximavam_ ela é uma pessoa normal como todos nós, só porque ela gosta de estudar e é muito inteligente, não quer dizer que ela é um bicho de sete cabeças.

Mandy: JuJu mais eu te amo, você deve ficar comigo_falo ela fingindo um choro_ você não deve ficar do lado dessa sem ninguém, que é criada pela empregada, que os pais nem ligam pra ela.

Isso foi a gota d'agua pra mim, eu não conseguir segurar o choro...

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Mandy: Awwn que meiga, ela ta chorando_falo ela é todos começaram a rir.

Olhei em volta, é sai correndo dali, passei por todos indo em direção a quadra, me sentei ali na arquibancada, tirei meus óculos e chorei ainda mais, o sinal toco, mas eu nem liguei, só fiquei chorando...

Justin: Eliza_falo ele correndo na minha direção_ ei não chora.

Como assim ? Ele veio atrás de mim, é para minha surpresa ele me abraço, eu senti uma coisa muito diferente, era tão bom sentir seu calor e seu corpo...

Eu: Ela esta certa, eles não ligam pra mim_falei soluçando e apertando ele mais contra mim.

Justin: Não falo isso, eles te ama, mas eu tenho certeza que mesmo eles longe, eles deve ta morrendo de saudades de você_ falo ele fazendo carinho nos meus cabelos.
 
Terminamos o abraço e ele me olho nós olhos, limpando minhas lágrimas ...

Justin: Você é tão linda_falo ele_ não deveria ta chorando, deveria esta sorrindo, seu sorriso é perfeito.

Eu não sabia o que dizer, mas então a ficha caiu, ele só queria brigar comigo. O que o garoto popular queria com a nerd da escola? Me afastei dele, me levantando...

Eu: Olha eu não sei o que você ta fazendo_falei limpando minhas lágrimas e colocando os óculos_ mas essa sua brincadeira de tentar me conquistar, eu não vou cair.

Justin: O que ?_pergunto ele se levantando_ eu to querendo ser seu amigo, você ta entendendo errado.

Eu: Ah ta, sei_falei rindo sem humor_ então porque você nunca veio falar comigo esses anos todos? 

Justin: Eu ... er_ele não sabia o que falar_ tudo bem.... eu tinha vergonha.

Eu: O que ?_falei espantada_ ah ta, entendi, você tinha vergonha de vim falar comigo e os outros achar estranho você vim falar com a nerd da escola, então isso ia acabar com sua reputação, era isso ?  

Justin: Não, me escuta_ falo ele pegando nos meus ombro, me fazendo olhar diretamente nos seus olhos_ eu tinha vergonha de vim falar com você, porque... sei lá, tinha medo de você me achar um idiota, eu sei que isso é um motivo bobo, eu sempre tive vontade de ir falar com você, mas parecia de minha pernas não ia em direção à você. 

Eu: Olha Justin_falei tirando as mãos dele de cima de mim_ temos de voltar pra sala, ok ?

Justin: Você acredita em mim ?_pergunto ele assim que eu ia começar a sair.

Eu: Não sei_falei começando a andando_ não quero mais falar sobre isso.

[...]
         
Chegamos em frente a nossa sala, eu bati na porta e a professora deixo a gente entrar, eu dei um desculpa qualquer e ela acredito, olhei pra Mandy e ela tava cuspindo fogo, foi direto me sentar do lado da Suzy, que tava sentada hoje lá perto da janela...

Suzy: Cara onde vocês estavam ? _ pergunto ela baixinho e com um sorriso malicioso.

Eu: Depois eu te explico_ falei baixo também.

Ela só concordou e depois viro pra frente, olhei pra trás e o Justin tava me encarando, virei pra frente e prestei atenção na aula ...

[...]

A aula como sempre foi normal, guardei minhas coisas e sai da sala com a Suzy, guardamos nossas coisas e pegamos nossas mochilas, fomos até o banheiro, que esta vazio ...

Suzy: Bom, agora me conta o que aconteceu ?_pergunto ela se olhando no espelho.

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Eu: Você não vai acreditar_falei suspirando e me encostando na pia do banheiro_ assim que eu cheguei na escola, o Justin veio falar comigo, ta até ai tudo bem, mas ai apareceu a Mandy, começo a falar um monte de merda sobre mim, o Justin brigo com ela, falando que eu era uma pessoa normal igual a todos, ai ela tento me atingi, falando dos meus pais, é bom deu certo_falei abaixando a cabeça_ eu não aguentei e sai correndo pra quadra, fiquei lá na arquibancada, mas o Justin veio atrás de mim_ falei e ela paro de se olhar no espelho, começando a me encarar_ ele me abraço, falo que o que a Mandy tinha falado era mentira e falo que eu era muito linda pra esta chorando, ai eu pensei que ele tava brincando comigo, então perguntei qual era a dele, o que ele queria comigo, porque tava sendo bonzinho, ai ele falo que queria ser meu amigo, então eu perguntei porque ele não converso comigo esses anos todos_falei suspirando_ então ele falo que tinha vergonha.

Suzy: Como assim, vergonha ?_pergunto ela surpresa.

Eu: Sei lá, ele falo que tinha vergonha de vim falar comigo é eu achar ele um babaca_falei dando de ombro.

Suzy: Nossa_falo ela e sorriu_ ele gosta de você.

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Eu: O QUE ?_perguntei olhando pra ela com cara de espanto _ nada a ver...

Suzy: Amiga se liga_falo ela segurando meus ombros_ ele fica te encarando faz 2 anos, te defende da Mandy, que é a ficante dele, depois vem é falo que tinha vergonha de vim falar com você, ah amiga fala serio.

Eu: Deve ser só pena de mim_falei abaixando a cabeça.

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Suzy: Olha, pensa o que você quiser, ok ?_falo ela_ vem vamos almoçar estou morrendo de fome.

Eu: Tudo bem_falei sorrindo_ vamos almoçar lá fora hoje, não quero levar um sucada outra vez_ falei rindo e abrindo a porta do banheiro, saindo dele.

Suzy: Ta bom então_ falo ela rindo.

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Fomos andando em direção ao refeitório, entramos na fila, que estava pequena e pegamos nosso almoço, quando a gente tava saindo do refeitório, escutei alguém me chamando, era a Cait e a Jas...

Cait: Ei fofas, vem senta aqui com a gente_falo ela.

Me virei e olhei quem tava sentada com elas, era elas e os meninos, nada de Mandy, bem melhor, fomos em direção a mesa deles, as pessoas ficaram olhando pra nossa cara...

Eu: Oi gente_falei sorrindo, percebi que o Justin, não estava ali com eles.  

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Todos: Oi _falaram todos sorrindo.

Suzy: Então, cadê o Justin ?_pergunto ela e a gente sento na mesa com eles.

Jas: Aquele ali, parece que mudo me lado_falo ela apontando pro Justin sentado na mesa com a Mandy_ não sabemos o que deu nele, nem falo com a gente hoje.

Cait: Vai saber, ele as vezes é bem bipolar_falo ela.

Rimos e começamos a comer nosso almoço...

Chaz: Ai pessoal, que tal a gente ir na balada amanha  ?_ pergunto ele começando um batata frita.

Chris: Boa cara _falo ele_ eu vou.

Ryan+Jas: Eu também vou_ falo eles juntos.

Cait: Vocês sabem que eu não perco nada né_falo ela sorrindo_ é vocês meninas, vão né ?

Suzy: Eu vou com certeza _falo ela.

Eu: Eu não sei gente _falei.

Jas: Ah vamos, a gente pode pegar uns gatinhos lá_falo ela sorrindo junto com a Cait.

Cait: Pois é_falo ela rindo.

Eu: Tudo bem, eu vou _falei sorrindo.

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Cait+Jas: UUUHHH É ISSO AI _gritaram elas me abraçando, fazendo todos ai do refeitório olhar pra gente. 

Depois de todos te terminado o almoço, fomos para a saída da escola, assim que a gente ia sair, a diretora começo a falar, é saia nas caixas de som que tinha espalhadas pela escola ...

Melissa: Caros alunos, vim informa para vocês que amanha não haverá aula_todos começaram a gritar_ porque nós vamos começar a preparação da festa de boas vindas.

Uuuh vou dormir até tarde, nossa como isso é bom...

Jas: EEEEE VAMOS TODOS PARA A PRAIA AMANHA DE MANHA_falo ela pulando em cima da gente .

Eu: Nossa valeu por estraga meus planos de dormir até tarde_falei revirando os olhos.

Cait: Vamos, vai ser legal_falo ela me abraçando.

Eu: Ok, vamos sim_falei sorrindo.

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Conversamos mais um pouco e depois cada um foi embora, bom eu acho que amanha meu dia vai ser bem cheio ...

Continua...