![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLaMcvr2bnwtOQGP3JVV3mfoYNBxkGpCWh_OsU1ZOwGMCmKDhtRPvcknqdTp05XLz7INmIzpgEcFTBzu0ORkWoBpu3GGY7lM401j06toaxYx_Qo_EWXafb8j9GmIKCEu3lPO6HohBql9k3/s640/tumblr_ll5wydY69I1qhwgkpo1_500_large.jpg)
Luce deu uma olhada na trêmula luz na base do cemitério e começou uma corrida em direção a ela. Ela se arremessou para baixo após as lápides quebradas, deixando Penn e Senhorita Sophia para trás.
Ela não se importou que os pontudos, torcidos galhos dos carvalhos vivos arranharam seus braços e rosto enquanto corria, ou que grupos de arbustos enraizados cobriam seus pés.
Ela tinha que chegar até lá embaixo.
O pedaço de lua minguante oferecia pouca luz, mas não havia outra fonte vinda do fundo do cemitério. Seu destino. Parecia uma monstruosa tempestade de relâmpagos, cheia de nuvens. Só que estava acontecendo no chão. As sombras estavam avisando-a, ela se deu conta, por dias.
Agora seu show sombrio havia se tornado em algo que até Penn podia ver. E os outros estudantes que estavam correndo na frente deviam ter percebido também. Luce não sabia o que poderia significar. Só que se Justin estava lá embaixo com aquele sinistro piscar... era tudo culpa dela.
Os pulmões dela queimavam, mas ela estava sendo motivada pela imagem dele parado embaixo das árvores de pêssego. Ela não iria parar até encontrá-lo, porque havia vindo para encontrá-lo de qualquer maneira, para emburrar o livro no nariz dele e chorar que ela acreditava nele, que parte dela acreditou nele o tempo todo, mas tinha estado assustada demais para aceitar a história imperscrutável deles.
Diria a ele que não ia deixar o medo afastá-la, não desta vez, nunca mais. Porque ela sabia algo, entendia algo que havia levado tempo demais para colocar os pedaços juntos. Algo selvagem e estranho que fazia suas experiências passadas serem diferentes, mais e menos acreditável. Ela sabia quem, não, o quê Justin era. Parte dela havia chegado a essa realização sozinha, que ela pode ter vivido antes e amado-o antes.
Só que ela não havia entendido o que significava, tudo adicionava a atração que ela sentia por ele, seus sonhos, até agora. Mas nada disso importaria se não conseguisse chegar até lá embaixo a tempo de encontrar um modo de se defender das sombras. Nada disso importava se elas chegassem até Justin antes dela.
Ela derrubou a níveis acentuados de sepulturas, mas a bacia no centro do cemitério ainda estava tão longe.
Atrás dela, houve um bater de passos. Então uma voz estridente.
— Pennyweather! — Era a Senhorita Sophia. Ela estava avançando para Luce, chamando por cima de seu ombro, onde Luce podia ver Penn cuidadosamente seu caminho pelas lápides caídas. — Você é mais lenta do que a chegada do Natal!
— Não! — Luce gritou. — Penn, Senhorita Sophia, não venham aqui embaixo!
Ela não iria ser responsável por colocar mais alguém no caminho das sombras.
Senhorita Sophia congelou numa lápide branca derrubada e olhou para o céu, como se não tivesse ouvido Luce. Ela ergueu seus braços finos no ar, como se protegendo-se. Luce olhou para a noite e segurou sua respiração. Algo estava se movendo na direção deles, soprando com o vento frio.
A princípio, achou que fossem as sombras, mas isso era algo diferente e mais assustador, como um véu irregular, denteado e cheio de bolsos escuros, que deixava manchas de céu filtrados através.
Essa nuvem era feita de milhares de pequenos pedaços negros. Uma tempestade tumultuada, vibrando na escuridão se estendo em todas as direções.
— Gafanhotos? — Penn chorou.
Luce tremeu. O espesso enxame ainda estava a certa distância, mas seu profundo retumbar ficava mais alto a cada segundo que passava. Como a batida de mil asas de pássaros. Como a escuridão hostil varrendo a terra. Ele estava indo para atacá-la, talvez todos eles, hoje à noite.
— Isso não é bom! — Senhorita Sophia constatou no céu. — Devia ter uma ordem para as coisas!
Penn parou ao lado de Luce e as duas trocaram um olhar impressionado. Suor escorria no lábio superior de Penn, e seus óculos cor de púrpura ficavam escorregando no calor húmido.
— Ela está ficando fora de si — Penn sussurrou, apontando o polegar em direção à professora.
— Não — Luce sacudiu a cabeça. — Ela sabe de coisas. E se ela está assustada, você não devia estar aqui, Penn.
— Eu? — Penn perguntou, atônita, provavelmente porque desde o primeiro dia de escola, ela havia guiado Luce. — Eu acho que nenhuma de nós devia estar aqui.
O peito de Luce ardia com a dor similar a que ela havia sentido quando teve que dizer adeus para Callie. Ele desviou os olhos de Pen. Havia uma rachadura entre elas agora, uma divisão profunda as separando, por causa do passado de Luce. Ela odiava ter que tomar a frente, chamar a atenção de Penn para isso, também, mas sabia que seria melhor, mais seguro, se elas separassem seus caminhos.
— Eu tenho que ficar. — Ela falou, respirando fundo — tenho que encontrar Justin. Você devia voltar para o dormitório, Penn, Por favor.
— Mas você e eu — Penn falou roucamente. — Nós éramos as únicas...
Antes que Luce pudesse ouvir o resto da frase, ela saiu correndo em direção ao centro do cemitério. Em direção ao mausoléu onde havia visto Justin meditando na tarde do dia dos pais. Ela percorreu ao longo das últimas lápides, então derrapou sobre uma inclinação da úmida, podre cobertura até o chão, finalmente se equilibrando. Ela parou em frente a um gigante carvalho na bacia no centro do cemitério.
Acalorada, frustrada e aterrorizada de uma vez só, ela se recostou contra o tronco da árvore. Então através dos galhos da árvore ela o viu. Justin.
Ela soltou o ar dos seus pulmões e sentiu seus joelhos enfraquecerem. Uma olhada em direção ao seu distante, sombrio perfil, tão lindo e majestoso, disse a ela tudo que Justin havia tentado lhe dizer, até mesmo a grande coisa que ela havia descoberto sozinha, tudo era verdade.
Ele estava parado em cima do mausoléu, braços cruzados, olhando para cima onde as nuvens zangadas haviam acabado de passar por cima de sua cabeça. A fraca luz da luz jogou sua sombra em uma crescente escuridão que aprofundava o teto das criptas. Ela correu em direção a ele, acendo através do emaranhado de musgo espanhol e as antigas estátuas.
— Luce! — ele a espiou enquanto ela se aproximava da base do mausoléu. — O que você está fazendo aqui? — a voz dele não mostrava nenhuma felicidade de vê-la, era mais como um choque e horror.
— A culpa é minha.
Ela queria chorar enquanto se aproximava da base do mausoléu, abaixo dele.
A tumba era de mármore sólido. Mas tinha um grande lascado na base de uma das estátuas de pavão e Luce usou como suporte para subir. A normalmente fria pedra estava quente ao toque.
As palmas suadas dela escorregaram algumas vezes enquanto se esticava para alcançar o topo. Para alcançar Justin, que tinha que perdoá-la.
Ela havia escalado somente alguns centímetros da parede quando alguém bateu nos ombros dela. Ela se virou e engasgou quando viu que era Justin, e perdeu a força que a segurava. Ele a pegou, seus braços circulando a cintura dela, antes que ela pudesse escorregar até o chão. Mas ele havia estado um andar inteiro acima um segundo atrás.
Ela enterrou seu rosto no ombro dele. E enquanto a verdade ainda a aterrorizava, estar nos braços dele a fazia sentir como se o mar encontrasse a costa, como um viajante que após uma longa, difícil e distante viagem, finalmente havia retornado para casa.
— Você escolheu uma ótima hora para voltar — ele falou.
Ele sorriu, mas seu sorriso era pesado com preocupação. Seus olhos ficavam olhando além dela, para o céu.
— Você está vendo isso também? — ela perguntou.
Justin só olhou para ela, impossibilitado de responder. Os lábios dele tremeram.
— Claro que você vê — ela sussurrou, porque tudo estava se encaixando.
As sombras, a história dele, o passado deles. Um engasgado choro foi crescendo dentro dela.
— Como você pode me amar? — ela soluçou. — Como você pode ao menos me aguentar?
Ele segurou o rosto dela entre suas mãos.
— Do que você está falando? Como você pode dizer isso?
O coração dela queimava de correr tão rápido.
— Porque... — ela engoliu. — Você é um anjo.
Os braços dele caíram.
— O que você disse?
— Você é um anjo, Justin. Eu sei disso — ela falou sentindo os portões de enchente se abrirem dentro dela, mais e mais até que ela simplesmente deixou sair. — Não me diga que eu sou louca. Eu tenho sonhos sobre você, sonhos que são reais demais para ser esquecidos, sonhos que me fizeram amar você antes mesmo de você ter dito qualquer coisa legal para mim.
Os olhos de Justin não mudaram nada.
— Sonhos onde você tinha asas e me segurava alto no céu. Eu não reconheço e mesmo assim eu sei que estive lá, bem assim, em seus braços umas mil vezes antes.
Ela tocou sua testa na dele.
— Isso explica tanto. O quão gracioso você é quando se move, e o livro que seu ancestral escreveu. Porque ninguém vem visitar você no dia dos pais. O jeito que seu corpo parece flutuar quando você nada. E porque, quando você me beija, eu sinto como se eu tivesse ido para o céu — ela parou para respirar. — E porque você consegue viver para sempre. A única coisa que não explica é o que na terra você está fazendo comigo. Porque eu sou só... eu.
Ela olhou para o céu de novo, sentindo o feitiço sombrio das sombras.
— E eu sou culpada de tanto.
A cor havia se esvaído do rosto dele. E Luce podia chegar a somente uma conclusão.
— Você não entende porque também — ela falou.
— Eu não entendo o que você ainda está fazendo aqui.
Ela piscou e assentiu com a cabeça se sentindo miserável, e começou a se virar para ir embora.
— Não! — Ele a puxou de volta. — Não vá. É só que você nunca. Nós nunca... fomos tão longe assim — ele fechou os olhos. — Você diria isso de novo? — ele perguntou, quase com vergonha. — Você me diria… o que eu sou?
— Você é um anjo — ela repediu lentamente, surpresa em ver Justin fechar seus olhos e gemer com prazer, quase como se estivessem se beijando. — Eu estou apaixonada por um anjo.
Agora era ela quem queria fechar os olhos e gemer. Ela ergueu a cabeça.
— Mas em meus sonhos, suas asas.
Um vento quente uivou e os atingiu, praticamente arrancando Luce dos braços de Justin. Ele protegeu o corpo dela com o seu. A nuvem de gafanhotos sombria havia se estabelecido na copa de uma árvore fora do cemitério e estava fazendo barulho crepitante nos galhos. Agora eles se erguiam em uma grande massa.
— Oh Deus — Luce sussurrou. — Eu tenho que fazer algo. Tenho que parar isso.
— Luce — Justin acariciou a bochecha dela. — Olhe para mim. Você não fez nada errado. E não há nada que você possa fazer sobre — ele apontou. — Aquilo — ele sacudiu a cabeça — por que você pensaria que é culpada?
— Porque toda a minha vida eu tenho visto essas sombras.
— Eu devia ter feito algo quando percebi isso, semana passada no lago. É a primeira vida que você as vê e isso me assustou.
— Como você pode saber que não é minha culpa? — ela perguntou, pensando em Todd e em Trevor.
As sombras sempre vem a ela um pouco antes de algo terrível acontecer.
Ele beijou o cabelo dela.
— As sombras que você vê são chamadas de Anunciadores. Elas parecem más, mas não podem machucar você. Tudo o que fazem é prever uma situação e reportar para alguém. Fofocas. A versão demoníaca de uma panelinha de garotas do ensino médio.
— Mas e quanto a aquelas? — ela apontou para as árvores que alinhavam o perímetro do cemitério.
Seus galhos estavam balançando, pesando para baixo pela espessa escuridão. Justin olhou com um calmo olhar.
— Aquelas são as sombras que as Anunciadoras chamaram. Para a batalha.
Os braços e pernas de Luce ficaram frias com o medo.
— Que... hum... que tipo de batalhe é essa?
— A grande — ele falou simplesmente, erguendo seu queixo. — Mas elas estão só se exibindo agora. Nós ainda temos tempo.
Atrás deles, uma pequena tossida fez Luce pular. Justin fez uma reverência em saudação a Senhorita Sophia, que estava parada na sombra do mausoléu. O cabelo dela havia se soltado dos grampos e parecia selvagem e indomável, como seus olhos. Então mais alguém veio a frente por detrás da professora. Penn. As mãos dela estavam enfiadas dentro dos bolsos da jaqueta. Sua face ainda vermelha, e sua linha do cabelo estava ensopada de suor.
Ela encolheu os ombros como se estivesse dizendo eu não sei que diabos estava acontecendo, mas não podia simplesmente abandonar você. Apesar de tudo, Luce sorriu.
Senhorita Sophia foi à frente e ergueu o livro.
— Nossa Lucinda tem feito a pesquisa dela.
Justin esfregou sua mandíbula.
— Você tem lido essa coisa velha? Nunca devia ter escrito isso.
Ele soou quase envergonhado, mas Luce juntou mais um pedaço da história deles no lugar.
— Você escreveu aquilo — ela falou. — E desenhou nas margens. E colou aquela foto nossa lá.
— Você encontrou a fotografia — Justin falou, sorrindo, segurando-a perto como se a menção da foto trouxesse de volta um turbilhão de memórias. — É claro.
— Me levou um tempo para entender, mas quando eu vi o quão feliz nós éramos, algo se abriu dentro de mim. E eu soube.
Ela enlaçou a mão ao redor do pescoço dele e puxou sua face de encontro a dela, nem ao menos se importando que Srta. Sophia e Penn estivessem bem ali. Quando os lábios de Justin tocaram os dela, todo o escuro, desagradável cemitério desapareceu, as sepulturas gastas, também e os bolsos cheios de sombras enraizadas ao redor das árvores, até mesmo a lua e as estrelas acima.
A primeira vez que havia visto a foto de Helston havia assustado-a. A ideia de todas aquelas passadas versões dela mesma existindo era simplesmente demais para aceitar. Mas agora, nos braços de Justin, ela podia sentir todas elas trabalhando juntas de alguma forma, um vasto conjunto de Luces que haviam amado o mesmo Justin de novo e de novo e de novo.
Tanto amor derramava de seu coração e de sua alma, saindo de seu corpo e preenchendo o espaço entre eles. E ela finalmente havia escutado o que ele havia dito quando eles estavam olhando para as sombras: que ela não havia feito nada errado. Que não havia razão para se sentir culpada.
Poderia ser verdade? Ela era inocente da morte de Trevor e de Todd, ao contrário do que sempre acreditou?
No momento em que ela se perguntou, soube que Justin havia lhe contado a verdade. E sentiu como se estivesse acordando de um longo sonho. Ela não se sentia mais como a garota com o cabelo cortado e as roupas largas, não mais a eterna imprestável, com medo do pútrido cemitério e presa em um reformatório por uma boa razão.
— Justin— ela chamou, gentilmente empurrando os ombros dele para trás para que ela pudesse olhar para ele. — Por que você não me contou mais cedo que você era um anjo? Por que todo aquele papo sobre ser amaldiçoado?
Justin olhou para ela nervosamente.
— Eu não estou zangada — Luce o assegurou. — Só estou me perguntando.
— Eu não podia lhe contar. Está tudo entrelaçado. Até agora, eu nem sabia que você podia descobrir isso sozinha. Se eu contasse muito rápido ou na hora errada, você teria ido novamente e eu teria que esperar. Eu já tinha esperado tanto tempo.
— Quanto tempo? — Luce perguntou.
— Não tanto tempo que eu tenha esquecido que você vale tudo. Cada sacrifício. Cada dor.
Justin fechou ou olhos por um momento. Então ele olhou para Penn e Senhorita Sophia.
Penn estava sentada com as costas contra a lápide preta cheia de musgo. Seus joelhos estavam encostados no seu queixo e ela mastigava avidamente suas unhas. Srta. Sphia tinha suas mãos nos quadris. Ela parecia como se tivesse algo para dizer.
Justin deu um passo para trás, e Luce sentiu um sopro de ar frio passar entre eles.
— Eu ainda estou com medo que a qualquer minuto você desapareça.
— Justin— Srta. Sophia chamou, o reprovando.
Ele abanou sua mão para ela.
— Nós estarmos juntos não é tão simples como você irá querer que seja.
— Claro que não — Luce falou. — Eu quero dizer, você é um anjo, mas agora eu sei.
— Lucinda Price — dessa vez Luce foi o objeto de raiva de Srta. Sophia. — O que ele tem a lhe dizer, você não quer saber — ela avisou. — E Justin, você não tem o direito. Isso vai matá-la.
Luce sacudiu a cabeça, confusa pelo pedido da professora.
— Eu acho que posso sobreviver a um pouco de verdade.
— Não é um pouco de verdade — Srta. Sophia falou, dando um passo a frente e se posicionando entre eles. — E você não vai sobreviver a isso. Como você não sobreviveu os milhares de anos desde a Queda.
— Justin, do que ela está falando? — Luce alcançou o pulso de Justin por trás da mulher, mas a bibliotecária a afastou ela. — Eu posso cuidar disso. Não quero mais nenhum segredo. Eu amo ele.
Era a primeira vez que ela havia dito as palavras em voz alta para qualquer um. Seu único arrependimento foi que ela havia dirigido as três palavras mais importantes que ela conhecia para Senhorita Sophia ao invés de Justin.
— Eu amo você.
Clap. Clap. Clap. Clap. Clap. Clap. Clap.
Lento, o alto aplauso soou atrás deles, nas árvores. Justin se separou e se virou em direção ao bosque, sua postura enrijecendo, enquanto Luce sentia o velho medo inundar, se sentiu enraizada pelo terror do que ele estava vendo nas sombras, amedrontada pelo que ele havia visto antes dela.
— Oh, bravo. Bravo! Mesmo, estou tocado na minha alma e não são muitas coisas que me tocam lá nesses dias, triste dizer.
Cam adentrou na clareira. Seus olhos estavam circulados por uma espessa e brilhante sombra dourada, e brilhava na face dele na luz da lua, fazendo ele parecer um gato selvagem.
— Isso é tão incrivelmente doce. E ele ama você também, não é mesmo namorador? Não é mesmo, Justin?
— Cam — Justin avisou. — Não faça isso.
— Isso o quê? — Cam perguntou, erguendo seu braço esquerdo no ar.
Ele estalou seus dedos uma vez e uma pequena chama, do tamanho de um palito de fósforo aceso, inflamou no ar acima da mão dele.
— Você quer dizer isso?
O eco dos dedos dele estalando parecia permanecer, refletir nas tumbas no cemitério, ficar mais alto e multiplicar enquanto batia e voltava. A princípio, Luce pensou que o som fosse mais aplausos, como se um demoníaco auditório cheio de escuridão estivesse aplaudindo ridiculamente o amor de Luce e Justin, do modo como Cam havia feito. Mas então ela se lembrou das tempestuosas batidas de asas que ela havia escutado mais cedo.
Ela prendeu a respiração enquanto o som tomou a forma de milhares de pedaços da escuridão lançavam voo. O enxame de sombras em formato de gafanhotos que havia desaparecido dentro da floresta se ergueu mais uma vez.
O som de suas batidas era tão alto que Luce teve que cobrir seus ouvidos. No chão, Penn estava agachada com sua cabeça entre seus joelhos. Mas Justin e Senhorita Sophia assistiam estoicamente o céu enquanto a cacofonia aumentava e mudava. Começou a soar como um chiado de caixa de som muito alto... ou como o sibilar de mil cobras.
— Ou isto? — Cam perguntou, encolhendo enquanto a odiosa, sem forma escuridão se acomodava ao redor dele.
Cada inseto começou a crescer e se desdobrar, se tornando maior do que qualquer inseto poderia ser, pingando como cola e crescendo em negros segmentados corpos. E então, como se eles estivessem aprendendo a usar seus membros de sombra enquanto se formavam, eles lentamente se ergueram em suas numerosas pernas e se moveram para frente, como animais crescidos até a altura de humanos. Cam deu as boas vindas a eles enquanto eles se amontoavam ao redor dele. Logo eles haviam formado um massivo exercito da noite encarnada atrás de Cam.
— Eu sinto muito — ele falou batendo sua testa em sua palma. — Você me disse para não fazer isso?
— Justin— Luce sussurrou. — O que está acontecendo?
— Por que você acabou com a trégua? — ele falou para Cam.
— Oh. Bem. Você sabe o que falam sobre tempos desesperados — Cam zombou. — E assistindo você cobrir o corpo dela com aqueles perfeitamente angelicais beijos seus… me fez sentir tão desesperado.
— Cale a boca, Cam! — Luce gritou, odiando que ela tenha alguma vez deixado tocá-la.
— Em bom tempo — os olhos de Cam rolaram até ela. — Oh, sim, nós vamos brigar, baby. Por você. De novo. — Ele passou a mão no queixo e vagou seus olhos verdes. — Maior dessa vez, eu acho. Mais algumas casualidades. Lide com isso.
Justin juntou Luce em seus braços.
— Me diga por que, Cam. Você me deve isso.
— Você sabe por que — Cam irrompeu, apontando para Luce. — Ela ainda está aqui. Mas não será por muito tempo.
Ele colocou as mãos nos quadris e uma série de sombras negras densas, agora em forma de intermináveis gordas serpentes, subiram deslizando no corpo dele, circulando seus braços como braceletes.
Ele acariciou carinhosamente a cabeça da maior delas.
— E dessa vez, quando seu amor eclodir formando aquele trágico montinho de cinzas será para sempre. Veja, tudo está diferente dessa vez — Cam sorriu, e Luce pensou ter visto Justin tremer por apenas um segundo.
— Oh, exceto uma coisa é igual, e eu tenho um fraco pela sua previsibilidade, Bieber.
Cam deu um passo a frente. Sua legião de sombras se moveu coordenadamente, fazendo Luce e Justin, Penn e Senhorita Sophia, irem para trás.
— Você está com medo — ele falou apontando dramaticamente para Justin. — E eu não estou.
— Isso é porque você não tem nada a perder — Justin cuspiu. — Eu nunca trocaria de lugar com você.
— Hummm — Cam falou, batendo no queixo. — Isso nós veremos.
Ele olhou ao redor, sorrindo.
— Devo soletrar para você? Sim. Eu escuto que você pode ter algo maior a perder dessa vez. Algo que tornará aniquilar a garota tão mais agradável.
— Do que você está falando? — Justin perguntou.
A esquerda de Luce, Srta. Sophia abriu a boca e deixou sair uma sequencia de ferozes uivos. Ela balançou suas mãos loucamente sobre sua cabeça em movimentos de empurrões parecidos com dança, os olhos dela quase transparentes, como se ela estivesse em algum tipo de transe. Seus lábios tremeram, e Luce percebeu com um choque que ela estava falando em outra língua.
Justin pegou o braço da professora e a sacudiu.
— Não, você está absolutamente certo. Não faz sentido — ele sussurrou, e Luce percebeu que ele podia entender a estranha língua que Senhorita Sophia estava falando.
— Você sabe o que ela está falando? — Luce perguntou.
— Nos permita traduzir — uma voz familiar gritou do teto do mausoléu.
Ariane. Próxima dela estava Gabbe. Ambas pareciam estar sendo erguidas por trás e estavam encobertas em um estranho brilho. Elas pularam da cripta, aterrissando próximo a Luce sem nenhum som.
— Cam está certo, Justin — Gabbe falou rapidamente. — Algo está diferente dessa vez… algo em relação a Luce. O ciclo pode ser quebrado e não da maneira que queremos que seja. Quero dizer... pode terminar.
— Alguém me diga do que vocês estão falando — Luce falou se entremetendo. — O que está diferente? Quebrado como? O que está em jogo em toda essa batalha, afinal?
Justin, Ariane e Gabbe olharam para ela por um momento como se tentando reconhecê-la, como se eles a conhecessem de outro lugar mas ela havia mudado tão completamente em um instante que eles não reconheciam mais o rosto dela.
Finalmente Ariane falou.
— Em jogo? — ela esfregou a cicatriz em seu pescoço. — Se eles ganharem, será Inferno na terra. O fim do mundo como o conhecemos.
As formas negras se esticaram ao redor de Cam, brigando e mastigando uns ao outros, em um modo doentio e diabólico de aquecimento.
— E se nós ganharmos? — Luce lutou para fazer as palavras saírem.
Gabbe engoliu, e então falou gravemente.
— Nós não sabemos ainda.
De repente Justin tropeçou para trás, para longe de Luce e apontou para ela.
— E-ela não tem sido... — ele gaguejou, cobrindo a boca. — O beijo — ele falou finalmente, andando para frente e pegando o braço de Luce. — O livro. É por isso que você pode.
— Chegue na parte B, Justin— Ariane apressou. — Pense rápido. Paciência é uma virtude e você sabe como Cam se sente sobre isso.
Justin apertou a mão de Luce.
— Você precisa ir. Tem que sair daqui.
— O quê? Por quê?
Ela olhou para Ariane e Gabbe por ajuda, então se encolheu para longe delas enquanto uma série de cintilações de prata começou a fluir em cima do telhado do mausoléu. Como um fluxo interminável de vaga-lumes liberado a partir de um frasco de pedreiro enorme. Eles choveram sobre Ariane e Gabbe, fazendo seus olhos brilharem. Fez Luce se lembrar de fogos de artifício e de um Quatro de Julho quando a luz estava simplesmente certa e ela havia olhado na íris da mãe dela e visto os fogos de artifício, refletindo um flash de luzes prateadas em expansão, como se a íris de sua mãe fosse um espelho.
Só que, estas cintilações não se transformavam em fumaça, como fogos de artifício. Quando eles atingiam a grama do cemitério, floresciam em graciosos, trêmulos seres iridescentes. Eles não tinham exatamente forma humana, mas eram vagamente reconhecíveis.
Deslumbrantes, brilhantes raios de luz. Criaturas tão arrebatadoras que Luce soube instantaneamente que eram um exército de força angelical, iguais em tamanho e numero à grande força negra atrás de Cam. Era assim que a verdadeira beleza e bondade pareciam, uma junção luminescente, espectral de seres tão puros que doía olhar diretamente para eles, como o mais glorioso eclipse, ou talvez o próprio paraíso.
Ela devia ter se sentido confortada, estando do lado que tinha que prevalecer naquela luta. Mas estava começando a se sentir doente.
Justin precionou as costas das mãos dele na bochecha dela.
— Ela está febril.
Gabbe bateu levemente no braço de Luce e sorriu.
— Está tudo bem, docinho — ela falou, guiando a mão de Justin para longe. Seu sotaque era de alguma forma reconfortante. — Nós assumiremos daqui. Mas você tem que ir — ela olhou por cima do ombro para a orda de escuridão atrás de Cam. — Agora.
Justin puxou Luce para um último abraço.
— Eu a levarei — Senhorita Sophia falou alto. O livro ainda estava preso embaixo do braço dela. — Eu conheço um lugar seguro.
— Vá — Justin falou. — Eu encontrarei vocês assim que puder. Apenas prometa-me que correrá daqui e que não olhará para trás.
Luce tinha tantas perguntas.
— Eu não quero deixar você.
Ariane entrou entre eles e deu a Luce um final, rude empurrão em direção aos portões.
— Desculpe, Luce. Hora de deixar essa luta para nós. Somos meio que profissionais.
Luce sentiu a mão de Penn escorregar dentro da dela, e logo elas estavam correndo. Martelando em direção aos portões do cemitério o mais rápido quanto ela havia delimitado para baixo em seu caminho para encontrar Justin. De volta para cima as folhas escorregadias deslizavam. De volta através dos galhos irregulares dos carvalhos e pilhas de ruínas de lápides quebradas.
Elas saltaram as tumbas e correram acima da inclinação, para chegar até o arco de ferro distante dos portões. Vento quente soprou seu cabelo, e o ar pantanoso ainda estava grosso em seus pulmões. Ela não conseguia achar a lua para guiá-las, e a luz no centro do cemitério havia se acabado.
Ela não entendia o que estava acontecendo. Não mesmo. E não gostava nada do fato de que todos sabiam, menos ela. Um raio de escuridão acertou o chão em frente a ela, quebrando a terra e abrindo um desfiladeiro irregular. Luce e Penn pararam de sobressalto bem a tempo. A abertura era tão larga quanto Luce era alta, tão profunda quanto... bem, ela não conseguia ver até o final do fundo escuro. As bordas dele chiaram e espumaram.
Penn engasgou.
— Luce. Estou com medo.
— Sigam-me, garotas — a bibliotecária chamou.
Ela as guiou para a direita, ziguezagueando entre as escuras sepulturas enquanto explosão após explosão ecoava por trás delas.
— Só o som da batalha — ela bufou, como uma espécie de guia turística estranha. — Isso vai continuar por algum tempo, temo.
Luce estremecia a cada batida, mas continuou se empurrando para frente até suas panturrilhas estarem ardendo, até atrás dela, Penn deixar escapar um gemido. Luce se virou e viu sua amiga tropeçar, seus olhos rolarem para trás em sua cabeça.
— Penn! — Luce gritou, estendendo a mão para pegá-la um pouco antes que ela caísse.
Delicadamente, Luce a abaixou até o chão e a rolou. Ela quase desejou não ter feito isso. O ombro de Penn tinha sido cortado por algo preto e irregular. Havia mordido a pele dela, deixando uma linha carbonizada de carne que cheirava a carne queimada.
— Está feio? — Penn sussurrou roucamente.
Ela piscou rapidamente, claramente frustrada por ser incapaz de levantar sua cabeça para ver por si mesma.
— Não — Luce mentiu, sacudindo a cabeça. — Só um corte.
Ela engoliu em seco, tentando suprimir a náusea crescendo nela enquanto puxava a manga preta esfarrapada de Penn.
— Estou machucando você?
— Eu não sei — Penn sussurrou com a respiração pesada. — Eu não sinto nada.
— Garotas, qual é o impedimento? — Senhorita Sophia havia virado para trás.
Luce olhou para a bibliotecária, tentando avisá-la para não dizer o quão ruim a lesão de Penn parecia. Ela não disse. Deu a Luce um aceno rápido e esticou seus braços por baixo de Penn e a ergueu como uma mãe carregando uma criança para a cama.
— Eu te peguei. Agora não vai demorar.
— Ei — Luce seguiu a Senhorita Sophia, que carregou o peso de Penn como se ela fosse um saco de penas. — Como foi que você...
— Sem perguntas, não até nós estarmos longe disso tudo.
— Bem longe.
Luce queria nada menos do que ficar longe de Justin. E então, após elas atravessarem a entrada do cemitério e estarem paradas no chão plano da área comum da escola, ela não podia se segurar. Olhou para trás. E instantaneamente entendeu porque Justin havia dito para ela não olhar.
Um pilar de prata e ouro torcido de fogo explodiu do centro escuro do cemitério. Era tão amplo quanto o próprio cemitério, uma trança de luz erguendo-se centenas de pés no ar e fazendo as nuvens se dissiparem em ebulição. As sombras negras escolhidas na luz, ocasionalmente arrancavam galhos e carregavam afora, gritando, para dentro da noite.
Enquanto o turbilhão fios mudava, agora mais prata, agora mais ouro, um único acorde de som começou a encher o ar, completo e sem fim, em voz alta como uma grande cachoeira. Notas graves ressoavam na noite. Notas agudas tocavam para preencher o espaço ao redor deles. Era a mais grandiosa, mais perfeitamente equilibrada harmonia celestial jamais escutada na terra. Era lindo, e aterrorizante, e tudo fedia a enxofre.
Todos os quilômetros ao redor devem ter acreditado que o mundo estava acabando. Luce não sabia o que pensar. O coração dela deu um pulo.
Justin havia dito para ela não olhar para trás porque ele sabia que a visão daquilo a faria querer ir até ele.
— Não, você não vai — Senhorita Sophia falou, agarrando Luce pela nuca e arrastando ela pelo campus.
Quando elas alcançaram o ginásio, Luce percebeu que a bibliotecária havia carregado Penn o tempo todo, usando somente um braço.
— O que é você? — Luce perguntou enquanto a mulher a empurrava pela porta dupla.
A bibliotecária puxou uma chave longa do bolso de seu casaco de lã frisada vermelho e enfiou-a em uma parte da parede de tijolos na frente do hall de entrada que nem sequer parecido com uma porta. Uma entrada para uma longa escada abriu silenciosamente, e a mulher gesticulou para Luce prosseguir, subindo as escadas.
Os olhos de Penn estavam fechados. Ela estava inconsciente ou em dor demais para mantê-los abertos. De qualquer maneira, ela estava se mantendo extremamente quieta.
— Onde nós estamos indo? — Luce perguntou. — Nós precisamos sair daqui. Onde está o seu carro?
Ela não queria assustar Penn, mas elas precisavam chegar até um médico. Rápido.
— Quieta, se você sabe o que é bom para você — Senhorita Sophia olhou para o ferimento de Penn e suspirou. — Nós vamos para a única câmara neste lugar que não tenha sido profanado com equipamentos esportivos. Onde nós podemos estar sozinhas.
Até lá, Penn começou a gemer nos braços da professora. O sangue de seu ferimento formava um espesso e escuro córrego sobre o chão de mármore.
Luce olhou a escada íngreme. Ele nem conseguia ver o fim dela.
— Acho que para o bem de Penn, nós devíamos ficar aqui. Vamos precisar buscar ajuda logo.
A Senhorita Sophia suspirou e colocou Penn sobre a pedra, se levantando rápido para trancar a porta da frente que elas havia acabado de entrar. Luce ficou de joelhos em frente a Penn. Sua amiga parecia tão pequena e frágil. Na luz fraca vinda do delicado lustre forjado de ferro acima de suas cabeças, Luce afinal ver o quão mal ela estava ferida.
Penn era a única amiga que Luce tinha na Sword & Cross que ela podia se identificar, a única que não a intimidava. Após ter visto do que Ariane, Gabbe e Cam eram capazes, poucas coisas faziam sentido. Mas uma fazia: Penn era a única em Sword & Cross como ela. Exceto que Penn era mais forte que Luce. Mais esperta, mais feliz e mais tranquila. Ela era a razão de Luce ter conseguido passar por aquelas primeiras semanas na escola reformatória. Sem Penn, quem sabe onde Luce estaria?
— Oh, Penn — Luce suspirou. — Você vai ficar bem. Nós vamos consertar você.
Penn murmurou algo incompreensivo, o que deixou Luce nervosa. Luce se virou para a Senhorita Sophia, que estava fechando todas as janelas no espaço uma a uma.
— Ela está se esvaindo rápido — Luce falou. — Nós precisamos chamar um médico.
— Sim, sim — a professora falou, mas algo no tom dela soou preocupado. Ela parecia consumida em fechar o prédio, como se as sombras do cemitério estivessem a caminho agora.
— Luce? — Penn sussurrou. — Estou assustada.
— Não fique — Luce apertou a mão dela. — Você é tão brava. Todo esse tempo você tem sido um pilar de força.
— Dá um tempo — Senhorita Sophia falou por detrás dela em uma voz grossa que Luce nunca havia ouvido ela usar. — Ela é um pilar de sal.
— O quê? — Luce perguntou confusa. — O que isso quer dizer?
Os olhos redondos da bibliotecária tinham diminuído em fendas finas pretas. Seu rosto estava comprimido com rugas e ela balançou a cabeça amarguradamente. Então, bem devagar, de dentro da manga do cardigã dela, ela produziu uma longa adaga prata.
— A garota só está nos atrasando.
Os olhos de Luce se arregalaram enquanto ela assistia a Senhorita Sophia erguer a adaga acima de sua cabeça. Atordoada, Penn não tinha registrado o que estava acontecendo, mas Luce certamente tinha.
— Não! — ela gritou, esticando para parar os braços da bibliotecária, para virar a adaga.
Mas Senhorita Sophia sabia o que ela estava fazendo e habilmente bloqueou o braço de Luce, empurrando-a de lado com sua mão livre e enquanto ela dirigia a lâmina através da garganta de Penn.
Penn resmungou e tossiu, sua respiração se tornando irregular. Seus olhos rolaram para trás do mesmo modo que eles faziam quando ela estava pensando. Exceto que ela não estava pensando, estava morrendo. Até que seus olhos encontraram os de Luce. Então eles lentamente entorpeceram e a respiração de Penn se aquietou.
— Sujo, mas necessário — Senhorita Sophia falou, limpando a lâmina no suéter preto de Penn.
Luce tropeçou para trás, cobrindo sua boca, impossibilitada de gritar e impossibilitada de desviar os olhos da sua amiga morrendo, impossibilitada de olhar para a mulher que ela havia pensado estar no lado deles. De repente, ela percebeu porque a bibliotecária havia trancado todas as portas e janelas do lugar. Não era para manter qualquer um do lado de fora. Era para mantê-la do lado de dentro.
Senhorita Sophia pulou em Luce e pressionou a adaga em seu pescoço.
Continua...
Me desculpe por não ter comentado antes, mas só vi que você postou hoje. Está muito, muito bom. Continua quero saber o que irá acontecer com Luce. E sobre a divulgação, irei sim divulgar, em minha próxima postagem -que será sexta ou sábado- em meu blog divulgarei, não se preocupe e espero que tenha mais comentários depois da divulgação. :D Você já sabe mais ou menos quantos capítulos Fallen terá? - Dud's
ResponderExcluirOlha linda, Fallen é um livro que eu já vi todos eles, eu estou tirando a historia toda do livro, e eu mudo o nome, no caso o nome do Justin. Eu não sei exatamente quantos capítulos são, mas está quase acabando, apenas a primeira têmpora, tem muito mais depois...
ExcluirEntendi, obrigada e continua logo! - Dud's
ExcluirContinuaaa, amando gata, continuaaa - Lara
ResponderExcluirOh meu deus! Por favor amorinha não me mate, por favor... Cadê o Cam? Queria tanto que ela ficasse com ele :'(. Continue!!!!! Continue o mais rápida possível, amei muittoooooooo..... *-* O que irá acontecer com Luce?? Please!!!! For Justin!!!! - Lara
ResponderExcluirObs: Sou nova leitora!!
continua amei
ResponderExcluircontinua ta perfeito
ResponderExcluirVocê ta copiando tudo do livro e estão comentando como se você tivesse escrito. por que? To boiando
ResponderExcluir.
É porque as pessoas não vê as coisas direito. Eu fiz uma postagem antes de postar Fallen, dizendo que eu vou retirar tudo do livro, só que muitos tem preguiça de ler as coisas bem direitinho antes de começar a ler uma Fanfic, e acaba se confundindo...
Excluir